Conselhos para o amanhã: pessoas idosas espalham esperança para 2026

Pacientes transformam palavras em afeto e mostram que a esperança também faz parte do tratamento

Entre consultas, visitas e cuidados diários, o Hospital Hapvida em Salvador, reservou um espaço para algo essencial à saúde: a esperança. Em uma ação simples, mas cheia de significados, pacientes idosos internados ou em acompanhamento na unidade foram convidados a escrever seus conselhos para o novo ano de 2026.

O resultado foram mensagens de fé, amor e esperança, palavras que refletem a força de quem segue acreditando na vida, mesmo diante dos desafios da saúde. Frases como “olhar para o próximo”, “amem-se mais” e “ser mais humano” expressam o poder da motivação e do pensamento positivo no processo de recuperação.

Segundo a equipe do hospital, a atividade faz parte das ações de humanização do cuidado e reforça a importância de olhar para o paciente de forma integral. “As equipes multiprofissionais são orientadas a considerar os aspectos clínicos, mas também as necessidades emocionais, sociais e familiares de cada indivíduo”, explica a assistente social do hospital Hapvida, Rose Figueiredo. “Foi perceptível a melhora na autoestima e no bem-estar geral dos participantes”, pontuou a profissional.

O psicólogo Rodrigo Leite explica que a esperança e a fé atuam como importantes reguladores emocionais durante o adoecimento. Elas ajudam o paciente a construir uma narrativa de continuidade e propósito, mobilizando recursos internos de enfrentamento. “Quando a pessoa acredita que ainda há algo possível, ela reduz o sentimento de impotência e fortalece o equilíbrio emocional. Essa postura mental favorece a adesão ao tratamento e estimula a liberação de neurotransmissores ligados ao prazer e à motivação, como dopamina e serotonina, que reduzem o estresse e fortalecem o sistema imunológico”, resume.

A ciência também explica que, ao ser estimulado a pensar em seus sonhos e planos, o paciente reativa memórias de prazer, desejo e pertencimento, dimensões que muitas vezes ficam adormecidas durante o adoecimento. “Esse contato com o futuro possível ajuda a reconstruir o sentido de si mesmo, rompendo o ciclo de pensamentos centrados apenas na doença”, completa Rodrigo.

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