A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, mostra que, no mês de novembro de 2023, a produção industrial potiguar ficou estável (indicador de 50,0 pontos), após registrar três quedas seguidas: agosto (48,3 pontos), setembro (44,5 pontos) e outubro (47,8 pontos).
O emprego industrial, por sua vez, mostrou nova queda (45,6 pontos), a terceira consecutiva. A utilização da capacidade instalada (UCI) permaneceu em 73%, mesmo patamar de outubro, mas encontra-se 2 pontos percentuais acima do valor observado em novembro de 2022 (71%) e 3 pontos percentuais sobre sua média histórica (hoje em 70%).
Além disso, os estoques de produtos finais continuaram em alta (50,3 pontos), embora menor do que a registrada em outubro, quando o indicador alcançou 53,4 pontos (valores acima de 50 pontos indicam aumento). Já o indicador de estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 41,4 pontos, o que mostra que o nível de estoques segue abaixo do desejado pelas empresas, pelo terceiro mês.
Em dezembro de 2023, as expectativas dos empresários potiguares para os próximos seis meses são otimistas quanto à demanda (58,5 pontos), às compras de matérias-primas (54,1 pontos) e à quantidade exportada dos produtos (54,2 pontos). Contudo, sinalizam queda no número de empregados (48,8 pontos), ainda que moderada.
A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair, atingindo 60,6 pontos, o que representa recuo de 5,4 pontos em relação a novembro (66,0 pontos), mas encontra-se 5,0 pontos acima do indicador de dezembro de 2022 (55,6 pontos) e 9,3 pontos sobre sua média histórica (agora em 51,3 pontos).
Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamento divergente. As pequenas indústrias apontaram estabilidade no número de empregados; estoques de produtos finais em alta, mas dentro do planejado; e preveem redução no número de empregados nos próximos seis meses.
As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram queda no número de empregados; estoques de produtos finais em baixa e aquém do nível desejado; e estimam que o número de empregados ficará estável nos próximos seis meses.
Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 18/12 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram recuo na produção (indicador de 48,5 pontos), estoques de produtos finais em queda (49,6 pontos) e ligeiramente acima do planejado pelas empresas (50,6 pontos).
Para ver a pesquisa na íntegra favor acessar o link: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2023/12/SONDIND_novembro2023.pdf