Taxa de sobrepeso das crianças potiguares é a segunda maior do Nordeste

Mais de 15% das crianças do Rio Grande do Norte estão com sobrepeso. O dado alarmante é do relatório de estado nutricional do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde, e tem como referência o mês de abril de 2023.

Segundo o Sisvan, 15,61% das crianças potiguares, com idades entre 5 e 10 anos, estão com mais tecido adiposo do que o considerado saudável. O índice é o segundo maior do Nordeste, ficando atrás apenas do Ceará (16,42%). Os números do RN também estão acima da média nacional (12,36%).

O índice da população adulta, na mesma situação no Estado, é de 35,34%.

Alexandre Neves, nutricionista do Hapvida NotreDame Intermédica, explica que a obesidade afeta a maioria dos sistemas do corpo. “Atinge coração, fígado, rins, articulações e sistema reprodutivo. Isso leva a uma série de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer, bem como problemas de saúde mental”, explica o especialista.

O nutricionista alerta para uma das formas mais eficazes de controle da obesidade: a informação. Alexandre Neves conta que diariamente recebe muitas pessoas, no consultório, preocupadas com a introdução de novos hábitos, como forma de melhorar a qualidade de vida e prevenir o surgimento de doenças, incluindo a obesidade de crianças e adultos. O problema é que a busca acontece um tanto tardia e na idade adulta.

“Acredito que as pessoas que passam dos 45 anos já sentem os sinais da idade e entram em um processo de busca pela longevidade, procurando estar bem com o corpo e com a balança”, afirma ele. “Essa preocupação, porém, deve existir nos pais e familiares com relação às crianças já nos primeiros registros de sobrepeso”, acrescenta.

O nutricionista do Hapvida NotreDame Intermédica ensina que há alimentos importantes no combate ao sobrepeso e na manutenção da saúde. Tratam-se daqueles in natura, ou seja, que são entendidos como “comida de verdade” e não processados ou industrializados: frutas, verduras, raízes e proteínas. Ele indica ainda o consumo de fibras e de muita água.

“Se a pessoa tem 90% de sua alimentação saudável e 10% envolvendo fast food ou doces, não vai impactar tanto na saúde. Mas o contrário é preocupante. É preciso equilibrar, para que a população venha a ter mais saúde desde cede”, ressalta Alexandre Neves.

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