A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte realizou nesta sexta-feira (22) uma audiência pública sobre o impacto social e religioso da Campanha da Fraternidade 2024, que tem como tema este ano a Fraternidade e Amizade Social. A propositura foi do deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB), e foi subscrita pelos deputados Hermano Morais (PV) e Divaneide Basílio (PT), que também estiveram presentes na solenidade. “O objetivo da Campanha este ano é despertar para o valor e a beleza da Fraternidade humana, promovendo e fortalecendo os vínculos da amizade social, para que a paz seja realidade entre todas as pessoas e povo”, disse Ubaldo em seu discurso. Ainda de acordo com o parlamentar, a iniciativa da Igreja católica, que este ano tem como lema “Vós sois todos irmãos e irmãs”, é fazer um “convite a um amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço, nos interpelando à comunhão e solidariedade, mostrando que a conversão passa pela experiência da humildade e da aceitação do outro”. Para Ubaldo, a Campanha da Fraternidade surge como uma “bússola para que muitas luzes sejam postas nos caminhos de todas as camadas sociais do nosso país”. Na opinião do deputado, “a Igreja se propõe a ser missionária da Justiça e da Paz neste contexto de polarizações e desmandos relacionais”. A deputada estadual Divaneide Basílio aproveitou a oportunidade para revelar que protocolou um projeto na Assembleia com o objetivo de tornar a Campanha da Fraternidade um Patrimônio Imaterial, Cultural e Religioso do Estado. “É importante para que as instituições possam pensar em como agir com mais solidariedade, essa é uma Campanha de toda a sociedade”, disse a parlamentar. Já o deputado Hermano Morais, parabenizou aos representantes religiosos pelo trabalho realizado. Segundo o arcebispo metropolitano de Natal, Dom João Santos Cardoso, “essa iniciativa da Igreja católica visa conduzir não apenas os seus fieis, mas a todas as pessoas a uma reflexão profunda sobre valores da solidariedade, fraternidade e amor ao próximo, não apenas nesse período quaresmal, mas para uma atitude que deve permanecer durante toda a nossa vida”. Também presente na audiência pública, o coordenador da Campanha da Fraternidade, padre Robério Camilo, relembrou um pouco da história e da importância da iniciativa. “A Igreja católica abriu os ouvidos para escutar os gritos dos oprimidos para responder com gestos concretos”, disse o religioso. Desde a sua origem há 60 anos, quando surgiu na Arquidiocese de Natal, a Campanha da Fraternidade tem sido uma expressão muito importante da Pastoral de Conjunto da Igreja no Brasil. Ela não é apenas uma ação isolada de uma pastoral específica, mas sim um convite à toda comunidade católica para uma vivência mais profunda da fé, em suas dimensões pessoal, comunitária, eclesial e social.A mensagem central da Campanha da Fraternidade é clara: a penitência quaresmal não deve ser apenas interna e individual, mas também externa e social. |