FIERN divulga Sondagem Especial do RN que aponta condições de acesso ao crédito na indústria potiguar

FIERN divulga Sondagem Especial do RN que aponta condições de acesso ao crédito na indústria potiguar

O crédito é um elemento essencial para alavancar o crescimento e o desenvolvimento econômico, uma vez que viabiliza a capacidade de investimento das empresas no curto e no longo prazo. Apesar de sua expressiva importância, o crédito no Brasil é reconhecidamente um dos mais caros do mundo.

Conforme mostra a pesquisa Competitividade Brasil – 2021/2022, divulgada pela CNI em dezembro de 2022, o Brasil é o país com o pior desempenho no fator Financiamento entre os 18 países avaliados, dado que seu custo do capital é muito superior ao custo nos demais países, levando-o para a última posição no ranking nesse fator. Em 2020, a taxa básica de juros brasileira encontrava-se em 2% ano – o menor patamar em 20 anos.

Entretanto, sua taxa de juros real de curto prazo (4,7%) e o spread da taxa de juros (26,8%), eram os maiores entre os outros países selecionados.

A taxa básica de juros da economia (Selic), permaneceu nos confortáveis 2% ao ano até março de 2021, e após sucessivas altas, visando conter a demanda de consumo e, assim, controlar o aumento da inflação, chegou em agosto de 2022, aos atuais 13,75% ao ano.

Nesse contexto, o crédito tornou-se mais caro e menos acessível. Além disso, as instituições financeiras passaram a ter mais cautela nas concessões, criando um cenário mais seletivo e exigente para os tomadores de financiamento.

Com o objetivo de apurar as dificuldades enfrentadas pelo setor industrial na busca por linhas de crédito, tanto de curto ou médio prazo, quanto de longo prazo, a FIERN, em parceria com a CNI, realizou a Sondagem Especial – Condições de Acesso ao Crédito na Indústria Potiguar.

A consulta ocorreu entre os dias 1º e 9 de março de 2023, e participaram da pesquisa 33 empresas, sendo 12 pequenas e 21 médias e grandes.

Principais Resultados

  • 52% das empresas potiguares não procuraram contratar ou renovar crédito de curto ou médio prazo, enquanto 58% não buscaram crédito de longo prazo;
  • 46% das empresas contrataram crédito de curto ou médio prazo para capital de giro, e 37% das linhas crédito de longo prazo visaram o investimento em máquinas e equipamentos;
  • 64% das empresas acessaram crédito de curto ou médio prazo em bancos comerciais, e 63% fizeram o mesmo em relação ao crédito de longo prazo;
  • 72% das empresas conseguiram aprovar crédito de curto ou médio prazo em valor igual ao que necessitavam, 100% afirmaram ter conseguido crédito de longo prazo em montante igual ao valor necessitado;
  • 50% das empresas renovaram linha de crédito de curto ou médio prazo sob as mesmas condições do financiamento anterior, e 100% das operações de longo prazo foram realizadas em condições semelhantes;
  • 43% das empresas disseram que as elevadas taxas de juros foram a principal dificuldade na busca por crédito de curto ou médio prazo, assim como o registro no Cadin/falta de certidões; sobre o crédito de longo prazo, 29% citaram, além destes, o prazo de carência menor que o necessário e as exigências de garantias reais;
  • 36% das empresas apontaram a redução dos custos tributários e administrativos sobre o crédito para sanar o problema de crédito de curto ou médio prazo, e 24% para o problema do crédito de longo prazo;
  • 27% das empresas indicaram que o nível de endividamento estava acima ou muito acima do limite desejável.

É baixa a procura por renovação ou contratação de crédito

Foi baixa a procura por crédito, tanto de curto ou médio, como de longo prazo, pelos empresários industriais potiguares nos seis meses anteriores à realização da pesquisa.

De acordo com a Sondagem Especial – Condições de Acesso ao Crédito na Indústria Potiguar, 52% dos empresários dos setores Extrativo e de Transformação e da Construção consultados afirmaram não ter procurado contratar ou renovar crédito de curto ou médio prazo no referido período.

Por outro lado, nessa mesma modalidade, 21% das empresas contrataram ou renovaram linhas de crédito, 12% não conseguiram contratar ou renovar crédito e 15% não sabem ou não responderam à questão.

No que se refere ao crédito de longo prazo, os percentuais foram os seguintes: 58% disseram que não procuraram contratar ou renovar linhas de crédito; 9% apontaram que contrataram ou renovaram crédito; 15% das empresas tentaram, mas não conseguiram contratar ou renovar crédito e 18% não sabem ou não quiseram responder.

Para mais informações, por favor acesse a Sondagem Especial do RN

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